segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

A minha vida é um glamour (ou o texto mais inútil já escrito)

Sai uma pessoa do trabalho, a pensar que tem 1 hora e 15 minutos de viagem pela frente até chegar a Lisboa, bebe um iogurte líquido para não passar fome pelo caminho, que o que se quer é chegar o mais depressa possível e paragens nas estações de serviço são desnecessárias.

Passados 5 minutos começa o fado:

- Já com vontade de ir à casa-de-banho? Mas eu ainda agora fui antes de vir para o carro…

Passado um bocado:

- Huum… uma estação de serviço… eu ainda aguento mais um bocado.

Passado outro tanto tempo, o vislumbre de outra estação de serviço, o pensamento repete-se.

Volvidas mais 2 estações de serviço, bexiga bem cheiinha, chegada a casa prevista para dentro de 15/20 minutos: TRÂNSITO, mas não era um trânsito qualquer, nah, tinha de ser uma coisa em grande, 20 minutos para andar 400 metros, nada de sítio para parar e fazer a bela da mija até chegar a casa.

Lilli vira para um lado;

Lilli vira para o outro;

Lilli aperta a bexiga com todas as suas forças;

Lilli já transpira;

Lilli chega à conclusão que nunca esteve tão aflita para ir à casa-de-baho como naquele momento;

Carro da Lilli não anda;

Nenhum carro anda;

Lilli desespera;

Lilli vê uma carcaça de um animal na berma da estrada a aproximar-se;

Lilli pensa: por favor, que o carro não pare lá ao pé!;

Logicamente que o carro pára;

Lilli vê que era um cãozinho;

Lilli fica triste;

Carro anda mais um bocadinho;

Lilli volta a pensar na vontade que tem para ir ao WC,

Lilli só pensa numa sanita;

Lilli vê um sapato na estrada;

Lilli desespera;

Lilli olha em seu redor: pessoa com ar descontraído a fumarem, a tirarem macacos no nariz, a ler revistas, a mandarem sinais de luzes ao carro da frente este não andou 50 cm (WTF??);

Lilli está em pânico.

E assim se passa 1 hora e 20 minutos;

Lilli finalmente tem o caminho livre, conduz que nem uma maluca enquanto desaperta o cinto e as calças;

Liga a informar: Abre portão e fica cá fora,

Lilli chega à sua rua, sai disparada a correr pelo carro e finalmente chega à sanita e alivia o seu sofrimento.

Ainda dizem que não há finais felizes.

1 comentário:

  1. Já passei por algo muito semelhante, e juro que nunca me doeu tanto a bexiga. Fiz um xixi que nunca mais acabava. É uma aflição descomunal. :)

    Boa semana*

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